Quando de uma aquisição de empresa surge a figura do ágio, este deve ser sustentado por meio de um laudo específico que distribua o valor pago entre os vários ativos da sociedade adquirida (purchase price allocation – PPA).
O Laudo apura o valor justo de certos ativos, inclusive aqueles não reconhecidos previamente nas demonstrações contábeis, e que compõem o patrimônio da adquirida, remontando-se o balanço patrimonial, que passa a ser demonstrado a valor justo. Ágio é a diferença positiva entre o valor pago e o valor justo do patrimônio líquido da empresa adquirida. Esse valor será destacado e controlado no ativo intangível, inclusive para fins fiscais.
Componentes do Ágio
Em geral, o ágio decorre de sinergias, participação de mercado adquirida e futuros produtos ou serviços que serão oferecidos pelo negócio combinado.
Os seguintes componentes podem ser incluídos nos cálculos do ágio
- Capacidade de atendimento aos clientes
- Presença geográfica em mercados
- Boas relações trabalhistas
- Programas de treinamento e recrutamento existentes
- Bom nível de Crédito no mercado
- Acesso ao mercado de capitais
- Grau de relacionamento com governos e reguladores
Metodologias de avaliação de ativos
Registrando ativos e passivos a valor justo
Todos os ativos adquiridos e passivos assumidos devem ser registrados a valor justo e sua soma comparada pelo valor pago pelo comprador.
De acordo com o CPC 15 (R1) (Combinações de Negócios), valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.